Olá, gatos!

Era uma segunda-feira, dia da nossa coluna por aqui, quando recebo um e-mail com o assunto: “Por que não gatos?”. Na mensagem, um texto divertido e provocativo da leitora Doca Mello. “Sou assinante do Estadão, leio sua coluna, acho uma gracinha! Mas fico um pouco triste porque você passa a impressão de só considerar como pets os cães. Os gatos não têm vez nos seus textos, por quê?”

Coluna publicada para o Estadão.

Respondi que ela tinha toda razão. Por isso, vou começar dedicando algumas linhas à Preta Gil de Camargo Leite e Almeida Soares, a gata preta e adotada de Doca. A Letícia Sabatella morreu de velhice. Sim, todas as gatas da Doca têm nome de celebridades. E, naturalmente, a perda foi devastadora. Para amenizar o sofrimento, ela foi em busca de um novo amor e, assim, a Preta Gil foi adotada na ONG Cia das Patas.

Nunca tive um gato para chamar de meu, apenas cachorros. Nada contra eles, pelo contrário: ainda chegará o meu dia. Por isso, perguntei para a veterinária da Ella, Anatália Ardizon, qual é o perfil ideal de uma pessoa para ter um gato. A resposta dela foi: quem mora sozinho, casais que não querem um filho e trabalham muito e idosos. Família com crianças cheias de energia precisam pensar duas vezes, pois gatos são mais reservados do que cachorros. No entanto, apesar de existirem alguns consensos sobre a personalidade dos “Garfields”, eles têm personalidades distintas.

Apetrechos fundamentais: uma fonte de água, pois adoram beber água em movimento; uma caixa de areia por gato (que deve ser colocada em um local mais reservado da casa). E brinquedos que simulam movimento. Cama própria? Não, eles vão decidir onde dormir.

Gato dá menos trabalho do que cachorro? A areia deve ser limpa diariamente e trocada a cada duas ou três semanas. Os cães, por sua vez, exigem passeios diários. A Ella, por exemplo, só faz as necessidades fora de casa – tenho que levá-la três vezes por dia. A doutora Natália também salientou a importância de colocar telas em casas e apartamentos: ela já atendeu a vários pacientes que caíram de andares altos.

Os gatos possuem o modo “auto clean”: limpam-se ao lamber-se. Mais um conselho da doutora, que tem dois gatinhos em casa: “Os mais peludos precisam ser penteados para remover a pelagem morta e evitar a ingestão de uma bola de pelo.”

Pronto, Doca, os gatos passam a fazer parte oficialmente das minhas linhas. Logo mais, teremos novas histórias e dicas para quem vive bem acompanhado de Sabatellas e Pretas Gil. Obrigada por exigir um espaço para eles. Justo. Justíssimo.

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