Eu e a Ella chegamos à noite. Como é difícil sair de São Paulo, né? Esta cidade tem garras! Estacionamos o carro e fomos recebidas por dois integrantes da equipe do Ronco. Guarde este número: é 1 funcionário para cada hóspede. Você desce do carro e pisa (literalmente) em uma outra atmosfera. É verde por todos os lados.


O paisagismo, as trilhas até as suítes, a iluminação mostrando o caminho, tudo é perfeito. Levei a Ella no colo porque suas patinhas com má formação não suportam solos áridos e irregulares.
Ganhamos a suíte de número 3. Ela, assim como as demais, é enorme. Não são quartos e, sim, casinhas. Todas as suítes têm um jardim privativo. A minha tem jardim de inverno fechado com lareira. Elas são diferentes e ao todo são 15. Imaginei voltar e cada vez me hospedar em uma. Uma boa ideia, né?
Enquanto os meninos me explicavam sobre alguns funcionamentos básicos da suíte, meus olhos passaram pela banheira no estilo Elisabatano (linda!) e logo fiz plano de relaxar nela.
Kit pet friendly
Como eu sabia que eles ofereciam um kit pet não levei pote para comida e água. E para minha surpresa não apenas o comedouro duplo, elevado e personalizado com o nome da pousada foi entregue como uma toalha, um cobertor, uma caixa para guardar a ração (e não atrair outros bichinhos), saquinhos plásticos e biscoitos.


No momento seguinte, coloquei o cobertor em cima da cama para proteger o edredom branquinho, pois sabia que a Ella ia subir e por mais que eu cuidasse, em algum momento ia sujar.
Pousada pet friendly no interior de SP
Descemos para o jantar e, mais uma vez, fui surpreendida. Eles realmente pensaram em tudo: há mesas, ao lado da lareira, para sentar com os pets. Em tempo: esta área é exclusiva a eles.


Como a noite estava fria, a lareira caiu muito bem. Os demais hóspedes ficam no salão principal, que está ao lado.
Claro que dormimos divinamente: bem recebidas e tratadas. Além de mimadas até não poder mais. Ah, esqueci de falar que ao descer para o jantar não levei o colchonete da Ella (por pura distração). Em segundos, a Magali trouxe uma manta amarela (igual a que eu havia recebido no quarto) e colocou para a sharpeizinha deitar.


Quadrado para todos
No dia seguinte, fomos abençoadas com um dia lindo de sol. Então, já desci com o biquíni e meu livro na bolsa porque subir e descer com a Ella (são 18 kg) no colo não é fácil. Depois do café da manhã, farto, delicioso e preparados com insumos de produtores locais.


Fomos (sim, eu e Ella) relaxar e colocar o bronzeado em dia. Ao descer para o deck da piscina, me deparei com uma pedra grande e a placa sinalizando a área destinada para os hóspedes com e sem pets. A nossa é à esquerda. Não pense que é menos bonita. Elas são iguais.
A piscina, de água natural que chega deslizando pela pedra, fica no meio. Além disso, pensando na cachorrada que gosta de nadar, eles construíram uma piscina exclusiva, localizada um lance de escada abaixo, porém é pequena e rasa.


Durante à tarde, íamos trocando de lugar: um pouco no sol, um pouco na sombra. Um jarra com água foi deixada na mesinha ao lado da espreguiçadeira. Também um pote de água para ela. Isso, sem eu pedir. Achei este gesto de uma gentileza incrível.
Tudo explicado
Ao conhecer o Zé Luiz, que é apaixonado por cachorros, tudo fez sentido. Eles gostam de verdade de pets. Por isso, conseguiram, com algumas regrinhas e serviço, construir um “mundo” onde todos convivem bem. Vibrei. Ao longo deste período com o GPF, vi estabelecimentos deixarem de aceitar pets por experiências ruins. Muitos, viu? Por isso, sempre bato na tecla: temos que ser educados.
Ele estava encantado com a Ella, pois teve um mastim que é muito parecido com o sharpei azul. E, claro, a tranquilidade e simpatia da Ellinha realmente contagiam. Então, ficamos um bom tempo contando causos e dividindo experiências sobre o mundo pet friendly e a vida. Aliás, fiquei feliz ao saber que vários hóspedes já haviam falado do Guia Pet Friendly para ele. Conheci a labradora Flor por histórias. Ela é a mascote da pousada. Nosso encontro pessoal não foi desta vez. Sempre é bom ter um motivo para voltar na Pousada pet friendly Ronco do Bugio. Na verdade, já há vários…


Últimas horas
Acordamos domingo lembrando que é dia de voltar. Ai, chega a dar um nó na garganta. Portanto, o negócio é aproveitar o máximo que der. Depois do demorado e bem aproveitado café da manhã, fizemos um trechinho da trilha (tem duas: das bromélias e da cachoeira). Ah! A Ella adorou, pois é fofinha. Não a completamos porque eu estava sem tênis. Senão, teria levado a Ella no colo e teríamos feito as duas. Ou seja, mais um item para o já desejado retorno.
Ao chegar na suíte, o sol estava batendo na espreguiçadeira de casal do jardim de inverno. Eu e a Ella não tivemos dúvidas: fomos curtir um pouco mais do sol, que tanto amamos. Eu li um pouco e depois nós duas tiramos um delicioso cochilo. E, assim, chegou ao fim nossa temporada na Pousada pet friendly Ronco do Bugio. Portanto, demos mil estrelas a eles: equipe alinhadíssima, conforto e bom gosto ao extremo, natureza exuberante, atividades para preencher o dia (bicicleta, spa, sauna, jacuzzi, piquenique), motivos para não fazer na-da. Ou seja, uma ótima pousada para ser bem tratado na companhia do seu amor peludo. Certamente, o melhor de todos os mundos está aqui.
Visita em 2022
Nosso retorno em 2022 só confirmou a boa experiência da primeira ida: o serviço segue irretocável, as casinhas no estilo colonial das fazendas mineiras são um charme a parte, a cozinha prepara delícias para o café da manhã e demais refeições e a jacuzzi é perfeita para o final de tarde.








