Coelho como pet

A nossa coluna do Estadão, da véspera da Páscoa, ganhou a presença dos coellhinhos. É a primeira vez que falamos do Pernalonga” por lá. Batemos um papo com a Milene Leal, que contou a ótima experiência com o Lion, escutamos o veterinário Marcel Lucena que nos deu sábios conselhos de como cuidar destes bichinhos tão fofos e tivemos a citação do delegado Matheus Laiola a respeito dos abandonos, que acontecem no período pós Páscoa. Coelho como pet é o tema por aqui.

Isa e Lion

Coluna publicada em 29 de março de 2020.

Vou abrir essa coluna com a citação do delegado Matheus Laiola: “Cada vez mais, os coelhos são cogitados como um animais de estimação pelas famílias. Principalmente, na época de Páscoa. Na hora que passa a novidade, são descartados como objetos. Isso é crime porque estamos lidando com uma vida. A pena é de três meses a um ano de prisão, além de multas. Ou seja, há consequências criminais”. Não estamos sugerindo: não adote ou compre um coelho, apenas fazendo você pensar antes de agir no impulso.

A jornalista Milene Leal teve uma experiência ótima com o coelho da raça lion, que foi comprado em agosto de 2020, depois que sua filha caçula, Isadora de 8 anos, pediu insistentemente por um pet que pudesse pegar no colo. Até então, a família tinha um aquário. A ideia inicial era comprar um porquinho da Índia. Ao chegar na loja, descobriram que eles estavam em falta. A Isa olhou para o lado e viu uma bolinha de pelo, pediu para pegar no colo e ao segurá-lo apaixonou-se perdidamente. Depois de muito choro e negociação, o pai que estava se opondo, cedeu e o pequeno foi levado para casa. Seu nome? Lion. 

Ele tem uma gaiola, mas anda solto pela casa. Durante o dia é supervisionado. À noite fica solto na área de serviço, que é segura. Só faz as necessidades dentro da gaiola em cima dos granulados de madeira. É dócil boa parte do tempo, mas não gosta de ser pego no colo. Apenas a Isa consegue segurá-lo sem receber uma mordida, que é bem dolorida. A família já entendeu os comunicados de “não me toque” do coelhinho e aprendeu a respeitá-lo. “Tivemos muita sorte, mas temos amigos que passam bastante trabalho com seus coelhos. Vejo minha filha beijá-lo e noto como essa troca de carinho libera a frustração de não poder ver os amigos e ir à escola. Ele supre suas carências.” confessa Milene.  

O veterinário Marcel Lucena especializado em animais silvestres e exóticos da Safári Veterinária lembra que entre os principais cuidados de um coelho está a alimentação. Muitas pessoas lembram o personagem do desenho animado Pernalonga comendo cenoura e limitam a isso. O coelho deve comer de forma variada: 60% de feno crocante e verdinho; que pode e deve ser dado à vontade para os dentes desgastarem, pois não param de crescer; 20% de vegetais, 5% de frutas e 15% de ração, a ser dada apenas uma vez por dia. 

Os ossos de um coelho, que costuma viver até 8 anos, são muito mais sensíveis do que de um cachorro, portanto, uma queda pode ser fatal. Nada de pegá-los pelas orelhas como a Mônica do Maurício de Souza faz nas histórias em quadrinhos. Ele não deve ficar solto sem ser observado, pois tende a roer fios e tomar um choque. Uma casa com quintal e grama é o ideal para ele. “O tutor deve ser observador porque os coelhos tendem a esconder quando estão doentes. Portanto, fique de olho se está quieto, parou de comer ou defecar”, aconselha Lucena.  

Assim que você escolher um coelhinho para fazer parte da sua família, levo-o ao veterinário para fazer um check up inicial e a cada seis meses faça uma nova visita, assim você terá certeza de que ele está bem e vai prevenir qualquer doença.

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