Cães Especiais

Oi pessoal, eu sou a Mari. Vou contar como tudo aconteceu. Era um dia como outro qualquer, eu estava olhando o Instagram da ONG do Instituto Luisa Mel e vi uma golden retriever de apenas 4 meses para adoção. Meu coração parou. Ela havia caído de uma laje e quebrado a coluna, o que causou sua paraplegia.

Depois disso, foi abandonada. Não, muito pior. Foi levada a um veterinário para ser eutanasiada, mas quem a atendeu não aceitou fazer, pois seu quadro de saúde geral era bom. Dessa forma, a Olivia foi levada para a ONG em busca de um novo tutor.

Por dias, acompanhei a história e torci para ela ser adotada. Porém, eu estava agitada, com um aperto no peito. Eu, simplesmente, não entendia o motivo. Durante uma semana inteira, sonhei com ela. E nos sonhos eu a trazia para casa. A sensação de realidade era tão latente que ao acordar, a procurava.

Comentei com o meu marido, que estava apaixonada pela menina de olhar doce e pelo dourado. Ele, apesar de adorar cachorros, não foi a favor. Quem em sã consciência, com dois shar peis (que exigem muitos cuidados e gastos), pode pensar em adotar um cão especial que não anda?

Até que um dia, tomei coragem e fui visitá-la no Instituto. Quando nossos olhos se cruzaram, nos amamos imediatamente. Foi uma explosão de sentimentos. Ela era um pedacinho de mim. Porém, a Olivia havia sido adotada por outra família. Sugeriram eu escolher outro cão, mas não, era a Olivia que eu queria. Por um lado, estava feliz de uma família ter a desejado, mas por outro, voltava sem a minha menina para casa.

Quinze dias depois, toca meu telefone. Era a ONG querendo saber se eu ainda desejava adotar a Olivia. Fiquei sem voz, meu coração disparou e sorri. Sim, eu queria. Queria muito. A moça do outro lado da linha seguiu a conversa dizendo que a reação da Olivia ao me ver havia sido única, com mais ninguém, nem com a família que estava disposta a levá-la para casa a sinergia havia acontecido com tanta beleza e intensidade. E, finalmente, o que era para ser, foi. A Olivia era minha a partir daquele momento. Minha responsabilidade, minha filha, minha tudo.

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