Meu nome é Ella Fitzgerald, sou uma sharpei gente boa (dizem que tenho alma de labrador), nasci com as patinhas tortas e fui adotada pela Cris. Minha avó sempre gostou de cachorros. Foi um amor e legado que passou de mãe para filha. Antes de eu chegar, o Cozumel era o dono do coração da minha mamis.
O Cozu (seu apelido) era um cocker dourado. Ele também foi adotado. Ouvi dizer que latia sem parar, corria atrás de outros pets, mordeu minha avó, fazia xixi no sofá da sala e arrastava a Cris nos passeios. Dá para acreditar? Nunca fiz, nem pensei em fazer nada disso.
O Cozu foi profundamente amado e quando morreu a Cris ficou muito braba porque ela queria continuar cuidando dele. Mas meu irmão mais velho já tinha 16 anos, estava doente, não conseguir caminhar direito, tomava um milhão de remédios e havia sido internado algumas vezes. Seu corpo foi ficando fraquinho, fraquinho e um dia ele dormiu para sempre. Ainda vou contar sobre esse momento…
Minha chegada
Eu cheguei precisando de muitos cuidados. Meus primeiros anos não foram fáceis. Tive três pneumonias, quadros de febre frequentes, diversas gastrointerites e algumas dermatites. Teve noite que a Cris saiu correndo para o Hospital Veterinário Pet Care comigo no colo. Foram momentos difíceis onde ela ficou assustada e achou que poderia me perder. E vi tudo, mas não podia fazer nada, a não ser me concentrar em ficar boa logo e acabar com o sofrimento da minha mãe.
Ela foi aprendendo a me cuidar, entendeu mais sobre a minha raça, criou uma rede de médicos veterinários (inclusive com grupo no WhastApp) e montou um kit primeiros socorros personalizado, que está sempre dentro da sua mochila. Andamos numa fase boa, minha saúde está ótima!
A cada seis meses, faço exames de rotina. Não queremos ser pegas de surpresa. Teve uma época que eles aconteciam a cada 3, 4 meses. Agora, está dando para espaçar. A Cris olha para trás e percebe que evoluiu muito como mãe de pet, sabe cuidar bem melhor de mim, é mais responsável, atenta e quer ajudar outros pais de pets a terem essa mesma consciência.
Por isso, resolvemos contar para vocês sobre nossos exames de rotina, para que serve cada um deles, porque e quando fazer e alertar para o fato de que uma doença descoberta no começo é muito mais fácil de ser tratada, com grandes chances de cura e, em vários casos, prolongando a nossa vida. Exatamente como acontece com os humanos!
Dividimos nosso check up em:
- Exame de sangue
- Ultrassom
- Exame de urina (coletado durante o ultrassom)
- Titulação da vacina (para repetir a V8 quando realmente for necessário)
- Raio X de tórax, considerando que já tive 3 pneumonias
- Raio X do coxo femural para acompanhar minha displasia detectada em 2017
No comecinho do ano que vem, farei limpeza de tártaro e uma bateria de exames para checar meu coração, pois terei que ser sedada durante o procedimento. Vai dar tudo certo! E, se Deus quiser, ficarei com a Cris até meus pelos embranquecerem e eu ficar bem vovózinha. A nossa parte, estamos fazendo!
Um beijo, Ellinha