O restaurante Esquina do Fuad, localizado no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, foi fundado em 1966 por Fuad Sallum, descendente de libaneses e completamente apaixonado por cachorros. Até hoje, alguns cães da vizinhança param na “querida esquina” em busca de um petisco. O amor por pets estendeu para sua filha, Lilian, que hoje cuida do restaurante da família e como Fuad é louca por cachorros.
Naquele tempo o movimento pet friendly obviamente não tinha a força de hoje, portanto, não apenas os cachorros vizinhos frequentam a casa como também os dos clientes que lotam as mesas da calçada. Portanto, espere encontrar muitos cães. Praticamente um por mesa.
O toldo protege do sol e de uma chuva fina. Há um espaço razoável entre as mesas. Eles levam um pote de água à mesa, oferecem colchonete e tem ganchos para prender a guia dos pets. São assessorados pela Universidade Pet Friendly.
Calçada e salão interno
Há dois espaços para sentar: nas mesas da calçada e no salão interno. Garanto que você não sabia que os pets podem entrar. Confesso que eu também não. Porém em uma das várias vezes que eu fui no Fuad estava frio e chovendo fininho e nos foi oferecido as mesas internas. Veja bem, elas são bem próximas, não há tanto espaço entre elas, portanto, avalie o porte do seu pet e se ele ficará bem acomodado e lembre-se sempre de não deixá-lo na passagem para que não exista acidentes e atrapalhe o trânsito de outras pessoas e garçons. Veja na foto abaixo que tirei uma cadeira e coloquei a caminha da Ella no lugar dela.
O que comer
A picanha faz sucesso, claro, e chaga à mesa servida na chapa.
O salmão grelhado com legumes é meu prato preferido do cardápio. As porções não decepcionam, destaque para a polenta frita bem sequinha e super bem servida.
As caipirinhas são ótimas.
História
Inicialmente, funcionava como uma lanchonete na esquina das ruas Martim Francisco e Imaculada Conceição. Com o tempo, passou a oferecer grelhados. Após o falecimento de Fuad em 2013, sua filha, Lilian Sallum, assumiu a administração do local. Em 2016, o restaurante passou por uma reforma. Fotos de clientes famosos e figuras públicas decoram o espaço.
Seu Fuad por Lilian
Meu pai conseguia entrar com o nosso cachorro, o Roy, em todos os lugares. Não sei que história ele contava e como ele fazia. Era supermercado, banco, shopping… Se um cliente do nosso restaurante reclamava da presença do Roy, meu pai contestava sério: “Meu filho é muito bem-vindo aqui. Se o senhor não gosta, quem não é bem-vindo é você. Meu filho vai aonde eu for.” O Roy era alucinado pelo meu pai. Até para tomar banho o Roy queria entrar no chuveiro e como não podia, ficava encostado no box chorando. Tanto que um mês depois que meu pai morreu, ele partiu. Não conseguiram ficar longe um do outro. Dormiu e não acordou mais, morreu de saudades.
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