Um dos maiores temores de pais e mães de pet é perder seu filho peludo. Dia desses, eu estava em uma praça com a Ella (minha sócia pet na coluna) e fui recolher seu número dois. Quando me virei, percebi que ela havia sumido do meu campo de visão. Gelei. Meus olhos percorreram a praça e nada. Gritei seu nome com tamanha aflição que quem estava perto olhou com alarme. De repente, surge minha sharpei com seu caminhar tortinho.
A coluna de hoje é sobre estes naturais segundos de descuido e a história (spoiler: com final feliz) da empresária Naroa Nadales e de sua cachorrinha sem raça definida Furgui. Foram seis dias de desaparecimento, até Furgui ser encontrada caminhando por uma estrada de terra a 20 quilômetros de onde se perdeu – ou foi roubada.
Elas estavam em Socorro, no interior de São Paulo, sentadas no jardim de uma pousada quando, de repente, Furgui sumiu. Depois de horas procurando em vão, Naroa entendeu que se tratava de um desaparecimento. Desesperada, Naroa procurou ajuda em uma ONG local, que deu suporte e a orientou com indicações valiosas. Esperamos que isso jamais aconteça com você, mas, caso venha a ocorrer, saiba que o melhor caminho para recuperar seu pet é a divulgar em todos os meios possíveis.
Naroa não poupou esforços para recuperar Furgui. Foram feitos cartazes, panfletos, publicações em redes sociais e grupos de WhatsApp, além de anúncios na rádio e em jornais locais. Fotos foram enviadas para o comércios da região e até carro de som, drone e cão farejador ajudaram na buscas. Por fim, foi o trabalhador de uma fazenda de café que encontrou a cachorrinha. E um detalhe foi fundamental para que Naroa fosse localizada: Furgui portava uma plaquinha de identificação na coleira com os contatos de sua tutora. Como Furgui passou esses seis dias? Ninguém sabe.
Em hotéis e pousadas que permitem os cachorros ficarem sem guia, sempre pergunto se a área é cercada. Sei que os tutores deixam os pets soltos para brincar, e aconselho os proprietários a estudarem todas as rotas de fuga quando ofereço consultoria.
O alerta vale também para quem deixa o pet preso fora de um supermercado ou farmácia em que não possam entrar: não façam isso, pois muitos são roubados. Use as casinhas da Pet Parker ou deixe um amigo cuidando.
Coluna publicada no Estadão.
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